segunda-feira, 14 de março de 2016

Roteiro de 23 dias na França + Genebra – Parte III

por Ana Paula Teixeira 

Continuo nesta postagem a falar sobre minha viagem pela França, falarei um pouquinho sobre a região de Paris e Genebra na Suiça, e darei algumas dicas sobre transporte entre as cidades do roteiro, sobre hospedagem, alimentação e gastos. Se você ainda não leu as outras duas postagens clique abaixo:

Região de Paris – Île de France

No mundo Ocidental, Paris é a segunda cidade mais visitada, ficando atrás apenas de Londres. A capital francesa, eternizada pelo cinema e a televisão, está muito presente em nosso imaginário. É uma cidade que possui mais símbolos célebres do que qualquer outra, quem nunca ouviu falar ou nunca viu uma foto da Torre Eiffel, do Arco do Triunfo, da Champs Elysées, do Moulin Rouge, da Catedral de Notre-Dame e dos famosos cafés de Paris? Eu que já estive lá duas vezes posso confirmar: é impossível não se apaixonar por Paris, essa cidade que possui tanta oferta cultural, tanta história e tanto charme. Seja você um amante da Arte, da História, da Arquitetura, da Gastronomia ou da Moda, Paris é aquela cidade que você deve visitar pelo menos uma vez na vida. Não deixe de conhecer desde os pontos turísticos mais famosos como o Museu do Louvre e o Rio Sena até as atrações menos frequentadas pelos turistas, como o Instituto do Mundo Árabe, as incríveis galerias de arte contemporânea do Marais e os diversos mercados.
Na primeira vez que viajei à Europa, fiquei apenas 4 dias em Paris, e a sensação era de não ter conhecido nem um terço da cidade. Dessa última vez, resolvi ficar 8 noites para poder aproveitar um pouco de tudo que a capital francesa tem a oferecer.

Imagem 1: Champs de Mars, Paris, França
Fonte: Do Autor

Imagem 2: Pont de l'Archevêché, Paris, França
Fonte: Do Autor

Durante essa estadia de 8 noites, quase 9 dias, fizemos dois passeios bate-volta. O primeiro foi a Giverny, a cidade onde fica a casa e os jardins do pintor impressionista Claude Monet, um pequeno paraíso que não fica na Île de France, na realidade pertence à região da Normandia, mas é bem perto de Paris. Nós compramos um passeio de uma agência de turismo que vai e volta no mesmo dia, o trajeto dura pouco mais de 1 hora. Você pode também ir até Giverny por conta própria, usando o transporte público, falaremos sobre isso em uma postagem futura. Confira o mapa abaixo:

Imagem 3: Trajeto Paris - Giverny, França
Fonte: Google Maps

Imagem 4: Jardins de Monet, Giverny, França
Fonte: Do Autor

O outro passeio foi até Versalhes, onde ficam o icônico Palácio de Versalhes e seus maravilhosos jardins. Na primeira vez em que estive lá, fiquei muito tempo em uma fila monstruosa para entrar no castelo, um pesadelo para quem viaja em alta temporada. Desta vez, a intenção foi explorar melhor os jardins, que também têm uma fila de acesso, mas essa é bem menor. Para chegar até Versalhes basta pegar um trem, é fácil e bem mais barato do que comprar o passeio em uma agência de turismo. Contarei mais detalhes para vocês em um post futuro.

Imagem 5: Jardins de Versalhes, França
Fonte: Do Autor

Outros destaques da região de Paris são a Disneyland, a versão europeia do resort, localizada a 32 km do centro de Paris; La Defense, o distrito de arranha-céus a 3km da capital, para quem curte uma arquitetura ultramoderna; Fontainebleu, onde fica um dos castelos mais bem decorados da França, uma bela cidade também pertinho da capital; a pequena e seleta Chantilly, cidadezinha onde foi criado o crème que conhecemos como chantili.

Genebra – Suiça

Genebra é conhecida por abrigar diversas organizações internacionais, entre elas a ONU, a Cruz Vermelha e a OMC, e por ser um centro internacional de humanitarismo. É famosa pelos bancos mundialmente reconhecidos por garantirem sigilo absoluto da conta de seus clientes. Além disso, é uma cidade multicultural, que oferece muitas atrações culturais, teatros, óperas, cafés, restaurantes e museus que contam mais de 2000 anos de História. Vale muito a pena passear ao redor do lindo lago azul de Genebra e pelas ruelas do centro histórico. Não é um destino barato, achei os preços bem mais caros do que na França, porém o transporte público para turistas é gratuito.

Decidimos visitar Genebra principalmente pela sua proximidade à fronteira com a França, mas também porque era mais uma ótima oportunidade de praticar o francês (língua oficial nesta parte da Suiça) e de conhecer, ainda que bem pouquinho, a cultura de outro país. Dormimos por lá uma noite e ficamos até o outro dia à tarde, não deu para conhecer muita coisa, recomendo ficar um pouco mais, para poder visitar as várias atrações e passear com calma pelo lago, que é deslumbrante.

Imagem 6: Organizações das Nações Unidas, Genebra, Suiça
Fonte: Do Autor

Imagem 7: Lago de Genebra, Suiça
Fonte: Do Autor

Transporte

Após pesquisar muito a respeito, decidimos fazer todos os deslocamentos de trem, pela companhia francesa SNCF. O serviço é ótimo, os assentos são confortáveis e o trem é bem espaçoso. Na maioria dos trajetos não tivemos problemas com atrasos, mas em algumas cidades tivemos que esperar por bastante tempo, devido às más condições meteorológicas. Eu recomendo apesar disso e não me arrependo da escolha.
Gastamos 270 euros com as viagens, foram 14 trajetos no total. A passagem mais cara custou 32 euros e a mais barata, 10 euros. Confira preços de passagens e horários de trens aqui. É sempre bom comprar com bastante antecedência para não correr o risco de acabarem as passagens e de o valor aumentar.

Imagem 8: Gare de Lyon Part-Dieu, estação de trem
Fonte: Do Autor


Hospedagem

Existem algumas boas opções de hospedagem para quem não quer gastar muito. Comentarei a seguir sobre cada uma:

Hostel (Albergue): Você pode escolher entre dois tipos de acomodação, quarto compartilhado e quarto privativo. Se você escolher a primeira, reservar uma cama em um quarto com pessoas desconhecidas, o preço normalmente sai mais em conta do que quartos em hotéis, porém se você estiver sozinho ou em casal, e escolher ficar em quarto privativo, vai acabar pagando quase a mesma coisa que em um hotel. A segunda opção acaba compensando, no entanto, para quem viaja em grupo, dá para fechar um quarto privativo de 6 até 8 pessoas e o preço cai bastante em relação a quartos duplos. Nas cidades do interior, principalmente as menores, é um pouco difícil encontrar albergues, esta acaba sendo uma opção mais viável para cidades grandes. Em Genebra, por exemplo, ficamos em um hostel (City Hostel), pois foi o melhor custo-benefício que encontramos. Sites para consultar: Hostel World,  Hostel Bookers Booking.com.

Apartamento / Quarto: Paris é a cidade mais cara da França e a melhor opção de hospedagem que encontramos foi sublocar um apartamento pelo Airbnb, um site que oferece aluguel de casas, apartamentos e quartos, e os valores são MUITO menores. É possível encontrar ótimas acomodações em localizações excelentes. Quando estive em Nova York, fiquei em um quarto que aluguei no Airbnb e em Londres desta última vez também. Ótima opção para quem está viajando em casal, ou até em grupo, e uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a cultura e os hábitos locais, já que vários proprietários moram na propriedade que estão sublocando.

Hotel: Uma vantagem desse tipo de acomodação é a comodidade e o fato de alguns oferecerem café da manhã, você não precisa se preocupar com nada. Nas cidades menores, eram nossa única opção, ficamos em alguns locais ótimos e em outros que deixavam um pouco a desejar. Se o hotel é barato de mais, é bom desconfiar, uma boa dica é verificar a avaliação das pessoas que já se hospedaram lá, ver qual sua nota, isso vale também para hostels e apartamentos. Onde procurar: sites como Booking.com, Hoteis.com e Decolar.com.  

Uma dúvida que sempre surge em relação à hospedagem é: em que região da cidade ficar? Na maioria das cidades, optamos por acomodações perto da estação de trem, para não precisar gastar com deslocamento. Normalmente, as estações ficam no centro da cidade, perto das atrações turísticas, é importante verificar onde vai parar o trem que você está pegando, pois alguns param nas “gares TGV”, que ficam mais afastadas.  Nas cidades maiores, principalmente, também é interessante pesquisar se o bairro que você escolheu para se hospedar é seguro e se é próximo ou de fácil acesso às atrações que você deseja visitar.

Quanto vou gastar?

Calculamos uma média de gasto de 80 euros por dia incluindo alimentação, passeios/atrações e compras, em Paris e Genebra você acaba gastando um pouquinho a mais porque são cidades caras, no interior da França é bem provável que você gaste menos de 80. Com essa média você consegue fazer boas refeições (aproximadamente 20 euros por refeição), não precisa passar a viagem comendo fast food, e ainda sobra dinheiro para atrações turísticas, compras, baladas etc. Com a hospedagem, em Paris, gastamos em torno de 25 euros por pessoa a diária, em Genebra, 35 euros. Nas demais cidades, gastamos uma média de 20 euros por dia, mas o valor variou bastante de uma cidade para outra.

É importante ressaltar, no entanto, que esses valores são correspondentes ao ano de 2015 e que, portanto, não devem ser usados em seu orçamento sem consulta prévia, a cotação do euro e do dólar mudam sempre e os preços variam bastante de um ano para outro, a intenção é apenas dar uma ideia para quem está planejando fazer uma viagem deste tipo. Na hora de fazer o orçamento, busque preços de hospedagem, de atrações etc. para ter números mais precisos, mesmo porque os mesmos variam de acordo com o perfil do viajante. Existem alguns sites que ajudam a fazer esse cálculo, como, por exemplo, o Quanto Custa Viajar, ele te dá uma média de gasto por dia em diversas cidades do mundo, em reais.

Alimentação 

Já ouvi várias reclamações de brasileiros que viajaram à França, principalmente a Paris, em relação à comida. Existe um mito de que não se come bem por lá, que as porções são mixurucas etc. O principal causador desse “problema” é a barreira da língua e isso não ocorre apenas na França. Conheço poucas pessoas que dominam o francês, a maioria dos brasileiros que viajam à França não dominam o idioma e muitos não falam inglês fluente, o que dificulta a comunicação. Existe outro mito de que franceses não falam inglês e que não gostam de responder quando você fala inglês com eles. Na realidade, o principal inconveniente é o sotaque, a maioria fala inglês sim, porém o sotaque deixa a compreensão um pouco difícil. Sendo assim, fica difícil fazer uma boa escolha em um restaurante ou café, e as pessoas acabam recorrendo ao fast food, que é universal, quem não sabe pedir um cheeseburger, não é mesmo?

Sendo assim, como comer bem na França se não falo francês? Basta entender como funciona o esquema do “Menu du Jour” e do “Plat du Jour”, e andar sempre com um dicionário, pois não dá para confiar tanto no Wi-Fi, em alguns lugares não há conexão de internet. O Menu é uma opção que a maioria dos estabelecimentos oferece, ela inclui uma entrée (entrada), um plat (prato principal) e uma dessert (sobremesa), você escolhe entre as várias opções de entradas, pratos e sobremesas. O Menu é a opção mais bem servida, entretanto, se você não estiver com tanta fome eu recomendo o Plat du Jour (prato do dia), que consiste em opções de pratos principais por um valor menor do que o normal. Existe ainda a opção de combinar entrée e plat du jour ou plat du jour e dessert, também por um valor mais em conta. As seleções de Menu e Plat du Jour normalmente ficam escritas em uma lousinha de giz na entrada do estabelecimento. Antes de viajar, procure pesquisar os principais pratos típicos franceses e vocabulário de comida, isso ajuda bastante.

Você pode alternar refeições como as descritas acima com opções baratas e práticas como crepes, sanduíches, pizzas, massas, tortas e saladas. No supermercado, você encontra sanduíches naturais e comida congelada de ótima qualidade (eles vendem até risoto, e é uma delícia).

Obs.: Nos restaurantes, quando você pede um prato ou um Menu, eles te trazem uma cestinha de pão (cortesia) e a água também é de graça, basta pedir “une carafe d’eau, s’il vous plaît”

Imagem 9: Menu du Jour

Imagem 10: Le Plat du Jour
Fonte: Wikipedia


Este foi o meu roteiro de viagem pela França, espero que tenha sido útil e que tenha lhe ajudado a montar seu próprio roteiro. A seguir, falarei mais detalhadamente sobre cada cidade que visitei e darei muitas outras dicas úteis.
Vêm aí... roteiro cultural em Nova York, Rio de Janeiro e Salvador! Fique de olho ;)
Até a próxima!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Londres Parte IV: South Kensington, South Bank e Southwark

por Ana Paula Teixeira

Continuamos neste post com mais dicas sobre Londres, desta vez falaremos sobre atrações de outros bairros da cidade. Clique nos links abaixo para ler as postagens anteriores.

Chelsea / South Kensington

Chelsea é uma região de ambiente animado, com cafés, jardins, lojas de antiguidades e boutiques. South Kensington, por sua vez, é um local de muito estilo e elegância, com seus prestigiados museus (gratuitos) e lojas de luxo, entre elas a famosa Harrods.  
           
Royal Albert Hall
É um salão de espetáculos, com capacidade para quase 6000 pessoas. A famosa construção de tijolos vermelhos é palco de concertos/shows de pop, música clássica e jazz. Confira a programação e compre ingressos aqui.
Endereço: Kensington Gore
Metrô: estação South Kensington
Visita: Existem vários tipos de tours guiados, confira mais informações aquiOs ingressos custam em torno de 12 libras.

Imagem 1- Royal Abert Hall

Natural History Museum
Um dos maiores museus de história natural do mundo, possui 78 milhões de espécies de animais e plantas. O acervo aberto à visitação mapeia a história da diversidade e da vida na Terra.
Endereço: Cromwell Rd
Metrô: South Kensington
Horários: aberto todos os dias das 10 às 17:50.
Entrada: gratuita

Imagem 2 - Natural History Museum, London

Science Museum
O museu é um anexo do Natural History Museum, fica atrás dele. O Science Museum conta a história da Ciência de uma maneira muito interessante, por meios de exemplos práticos, computadores, fotos, vídeos, hologramas e outras engenhosidades.
Endereço: Exhibition Rd SW7
Horários: das 10h às 18h, diariamente
Estação de metrô: South Kensington
Entrada: gratuita, mas você precisa comprar ingressos a parte para sessões IMAX, simuladores de voo e algumas exibições especiais.

Imagem 3 - Science Museum, London
Fonte: Do Autor

Victoria & Albert Museum
O maior acervo de arte decorativa e design do mundo encontra-se neste museu. As galerias estendem-se por mais de 10 km, há mais de 4 milhões de peças em 146 salas.
Endereço: Cromwell Rd
Metrô: South Kensington
Horários: De seg à quinta, sab e dom das 10:00 às 17:45. De sexta das 10:00 às 22:00.
Entrada: gratuita

Imagem 4 - Victoria & Albert Museum

South Bank / Waterloo

No século XIX, a região transformou-se em um importante centro industrial, mas a última grande guerra destruiu grande parte das indústrias e oficinas, deixando poucos vestígios do passado. Recentemente, iniciaram-se esforços para construir na margem sul elementos culturais que se tornariam rivais à altura dos da margem norte.

British Film Institute Southbank
Antigamente era o National Film Theatre, hoje é um instituto de cinema com quatro telas de filmes e grandes eventos, entre eles o London Film Festival. No BFI Imax, ao lado, há a maior tela de cinema do Reino Unido.
Endereço: South Bank SE1
Metrô: Waterloo
Horários: aberto diariamente das 11 às 23h.

Imagem 5 - British Film Institute Southbank (BFI)

London Eye
Esta é a quarta maior roda gigante do mundo em termos de altura, ficando atrás apenas da High Roller, recém inaugurada em Las Vegas, a Singapore Flyer e a Star Of Nanchang, na China. A London Eye tem 135 metros de altura e funciona como observatório da cidade. Ela foi construída, assim como a Torre Eiffel, para ser um monumento temporário, para a celebração da virada do milênio, mas permaneceu e hoje faz parte da paisagem da cidade, tendo se tornado um importante ponto turístico de Londres.
O preço para subir na London Eye é bem salgado, mas vale a pena para quem está visitando a capital da Inglaterra pela primeira vez, a vista da cidade e do Palácio de Westminster (onde fica o famoso Big Ben) é magnífica. Para que o valor saia um pouco mais em conta, é possível comprar o ingresso juntamente com outras atrações, como por exemplo o museu de cera Madame Tussauds e a London Dungeon, sobre a qual falaremos em seguida, eles oferecem pacotes com desconto para duas ou mais atrações.
Endereço: Riverside Building, Westminster Bridge Road
Horários: Diariamente das 10 às 18:00
Metrô: Waterloo
Entrada: £19,35 (ingresso comum), veja aqui os preços de ingressos com benefícios e clique aqui para saber mais sobre os pacotes promocionais.

Imagem 6 - London Eye
Fonte: Do Autor

London Dungeon
Já pensou em ter uma aula de História e ainda levar muitos sustos, em um passeio divertido e assustador, tudo ao mesmo tempo? Esta atração turística conta os episódios trágicos e tenebrosos dos últimos mil anos da História de Londres.
Você entra em uma masmorra e anda por diversos cenários, entre eles o do Labirinto de Almas Perdidas, passando pela Grande Praga, o Grande Incêndio de Londres, a Câmara de Tortura, o Asilo de Bedlam, um Passeio de Barco para o Inferno, o Barbeiro Sweeney Todd, Jack Estripador, Bloody Mary, entre outros personagens e eventos famosos. A London Dungeon fica ao lado do London Eye e também do Aquário de Londres.
Endereço: Riverside Building
Metrô: Waterloo ou Westminster
Horários: seg à sexta das 10 às 17h, sab e dom das 10 às 18h.
Entrada: 18,95 (ingresso online), confira aqui os preços. 

Imagem: London Dungeon
Fonte: Girlie World

Imperial War Museum
Este museu é uma atração interessante para todos, mas principalmente para quem estuda ou estudou Relações Internacionais, História e áreas correlatas. Ele conta a história dos conflitos bélicos desde a Primeira Guerra Mundial e seu impacto nas vidas das pessoas.
Endereço: Lambeth Road
Metrô: Elephant & Castle ou Lambeth North
Horários: diariamente das 10 às 18h
Entrada: gratuita (há exibições especiais pagas)

Imagem 8 -  Imperial War Museum
Fonte: Do Autor

Southwark / Tower Bridge

Southwark era um bairro pobre e mal frequentado até pouco tempo. Em 1989, foi inaugurado o Design Museum e, a partir daí, foram feitos vários projetos de restauração, entre eles o que deu vida ao Tate Modern, prestigiado museu de Londres. A partir deste período os ricos passaram a se instalar na região e o turismo aumentou bastante. Já postamos no blog sobre esta região, confira aqui.

Tower of London
Esta construção às margens do Rio Tâmisa foi fundada com o intuito de ser uma fortificação e residência da monarquia, mas ao longo dos anos, sua função mudou várias vezes, mudou inclusive em termos arquitetônicos. Hoje em dia é a casa das Joias da Coroa e Patrimônio Mundial da UNESCO.
Endereço: London EC3N 4AB
Metrô: Tower Hill
Entrada: £23.10 (comprando online)
Horários: dom e seg das 10 às 16:30, ter a sab das 9 às 16:30.
Visita: o que você verá?
White Tower: Faça o passeio guiado, na Torre você pode manejar uma espada de verdade, fingir ser um arqueiro e conhecer os diversos usos do local ao longo de seus 1000 anos de existência.
Fit for a King: Coleção de armaduras usadas por reis da Inglaterra.
Royal Beasts: Conheça a história dos 600 animais doados por reis e líderes mundiais que viveram na Torre.
Joias da Coroa: Um dos símbolos do Império Britânico.
Os Corvos: Seis corvos viviam no pátio da Tower of London e acreditava-se que se esses corvos fossem mortos ou fugissem, Londres seria destruída. Até hoje vivem pelo menos 6 espécimes.

Imagem 9 - Tower of London
Fonte: Forces TV

Tower Bridge
Esta ponte/torre foi construída em 1894 sobre o Rio Tâmisa, ao lado da Tower of London. É um dos cartões postais da cidade, um dos pontos turísticos mais visitados e mais fotografados em Londres. Você provavelmente já deve ter visto esta construção em algum filme, pois a mesma apareceu várias vezes no Cinema.
Endereço: Tower Bridge Rd, Southwark
Estação de metrô: Tower Hill
Tower Bridge Exhibition: A visita custa 9 libras para adultos e pode ser comprador online aqui por 8 libras.
Horários: Abril – Setembro 10:00 – 17:30, Outubro – Março 09:30 – 17:00 

Imagem 10 - Tower Bridge 
Fonte: Do Autor

Southwark Cathedral
A igreja gótica mais antiga de Londres, que foi reconstruída em 1212 após o incêndio que danificou severamente a catedral. O local foi primeiramente um convento saxão, provavelmente construído no ano 606.
Endereço: London Bridge
Metrô: London Bridge
Entrada: gratuita
Horários:  seg a sexta das 8:00 às 18:00, sab e dom das 8:30 às 18:00

Imagem 11 - Southwark Cathedral
Fonte: Do Autor

The View from the Shard
Recentemente construído, em 2012, o The Shard é o prédio mais alto da Europa Ocidental e, logicamente, o ponto mais alto para se observar a cidade de Londres. Você pode subir no edifício de 310 metros de altura e admirar as belezas de Londres lá do alto. A atração é conhecida como The View from the Shard, a ideia é a mesma da London Eye, apesar de as vistas serem diferentes, mas eu preferi o the Shard, porque você pode ficar lá em cima quanto tempo quiser, enquanto que, na London Eye, você dá apenas uma volta na roda gigante. Por outro lado, se você quer ter uma vista mais de perto do Big Ben e de Westminster, subir na London Eye é a melhor opção. Se quiser ter uma vista panorâmica, 360 graus da cidade, suba no The Shard. Na dúvida, faça os dois (se for possível e se tiver tempo, é claro).
Endereço:  Railway Approach, London SE1 9SG
Estação de metrô: London Bridge
Horários: Diariamente das 10 às 18h
Ingressos: £ 25.95, é necessário comprar online, clique aqui.

Imagem 12 - The View from the Shard 
Fonte: Do Autor 

Imagem 13 - The Shard
Fonte: Do Autor 


Shakespeare’s Globe Exhibition
É um teatro a céu aberto, inspirado no original Globe Theatre onde se desenvolviam as peças de Shakespeare, que foi destruído no incêndio de 1644. Eles construíram um teatro bem parecido com as arenas originais, em um local muito próximo de onde se encontravam. Eu infelizmente não consegui assistir a uma peça de Shakespeare, mas o farei certamente em minha próxima visita a Londres. Confira a programação e compre ingressos online aqui
Endereço: 21 New Globe Walk, City of London SE1 9DT
Estações de metrô: Mansion House e Cannon Street
Visitas: Você pode fazer um tour no interior do teatro, não é necessário reservar ou comprar o ingresso antecipado, a menos que queira assistir alguma peça. O Shakespeare Globe também realiza exibições temporárias, saiba mais aqui
Entrada: £15.00
Horários: Aberto diariamente das 9:00 às 17:00.

Imagem 14 -  Shakespeare's Globe Exhibition
Fonte: Do Autor

Tate Modern
O Tate Modern faz parte de um grupo de galerias de arte que inclui o Tate Britain, o Tate Liverpool e o Tate St. Ives. O acervo do museu é muito rico e uma verdadeira aula de arte moderna e contemporânea. Lá você encontra grandes nomes como Claude Monet, Pablo Picasso, Salvador Dalí, Joan Miró e Umberto Boccioni. (Confira as fotos no álbum do Facebook). A coleção permanente é exibida em três andares, são muitos artistas, de diversos períodos. E tudo isso sem gastar nada, pois a entrada é gratuita! Veja mais informações sobre visitas e exposições clicando aqui. Eu fiz uma postagem sobre o museu, que inclui um passeio a pé pela região, passando por atrações próximas a ele, imperdível, confira aqui
Endereço: Bankside, London SE1 9TG
Estação de metrô: London Bridge ou Southwark
Ingresso: Gratuito
Horários: seg a qui e dom das 10 às 18h, de sex e sab das 10 às 22h.

Imagem 15 - Tate Modern
Fonte: Do Autor

Millenium Bridge
A ponte suspensa criada pelo famoso arquiteto Norman Foster, inaugurada em 2000, como o próprio nome sugere, liga o Tate Modern à City, da qual já falamos em um post passado, a região financeira de Londres. Ela possui 365 m de comprimento e é feita de aço inoxidável. Você não pode deixar de atravessá-la e tirar belas fotos de ambos os lados do rio Tâmisa. Mais uma curiosidade dos filmes do Harry Potter: no sexto filme, a Millenium Bridge é destruída em um ataque dos Comensais da Morte, veja a foto da ponte abaixo, você certamente vai lembrar da cena.
Endereço: Thames Embankment

Imagem 16 - Millenium Bridge
Fonte: Do Autor


E assim concluímos a quarta parte do roteiro de Londres. Em breve voltarei com mais dicas de coisas para fazer, onde comer e beber, hospedagem, transporte e muito mais! Como já disse várias vezes, Londres é minha cidade favorita do mundo até o momento, e eu amo escrever sobre ela.
Gostaria de agradecer a todos que visitaram o blog neste ano de 2015, que curtiram a página do Facebook e que seguiram a gente no Instagram, é um prazer poder compartilhar experiências, conhecimento e dicas com vocês! A sua opinião é muito importante para a gente, não hesite em deixar sugestões e críticas, serão muito bem-vindas. Estou preparando várias novidades para o ano que vem, tenho certeza que vão adorar.
Desejo a todos um Ano Novo maravilhoso, com muita alegria, conquistas e comemorações! Nos vemos em 2016!!!


domingo, 22 de novembro de 2015

Turismo Cultural na Cidade Maravilhosa

por Ana Paula Teixeira 

O Rio de Janeiro é o destino turístico mais famoso do Brasil, principalmente para quem vem de fora. Quando falamos em Rio de Janeiro, pensamos no samba, nas favelas, no Pão de Açúcar, no Cristo, nas belas praias, na Lapa e em vários outros ícones da cidade maravilhosa. Mas não podemos esquecer que o Rio de Janeiro é um centro de cultura no país e que tem muita história para contar. Além de ir às praias, escutar uma boa música e visitar as atrações turísticas principais, os viajantes mais exigentes podem desfrutar de uma infinita gama de atividades que não estão no roteiro tradicional.   
Neste post, você encontrará dicas de atrações diversas, desde as mais conhecidas até parques, museus e praias afastadas. Se você está pensando em conhecer o Rio de Janeiro e quer aproveitar cada momento, além de aprender mais sobre a História e a Cultura do nosso país, não deixe de ler esta postagem. Dividiremos as atrações em bairros e falaremos também sobre dois lugares imperdíveis em Niterói. 

Imagem 1: Vista do Morro da Urca
Fonte: Do Autor

CENTRO

  • MAR – Museu de Arte do Rio
Este museu conta a história da cidade por meio de exposições permanentes e temporárias. Está localizado em dois prédios que muito diferem um do outro. O Palacete Dom João VI é um antigo palacete tombado, abriga as salas de exposição do museu, e o edifício vizinho, de estilo modernista, originalmente um terminal rodoviário, abriga a Escola do Olhar, que é “um ambiente para produção e provocação de experiências, coletivas e pessoais, com foco principal na formação de educadores da rede pública de ensino”. (Fonte: Museu de Arte do Rio)
Endereço: Praça Mauá, 5, Centro
Como chegar:
Ônibus 119, 123, 2017
Metrô: descer em Uruguaiana
Horários: TERÇA - 10h às 19h, QUARTA A DOMINGO - 10h às 17h
Entrada: Geral 8,00, meia 4,00. Gratuito às terças
Site: http://www.museudeartedorio.org.br/


Imagem 2: Museu de Arte do Rio
Fonte: Casa Abril

  •  Caixa Cultural
É um centro cultural mantido pela Caixa Federal, com unidades no Rio de Janeiro, em São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Recife, Salvador e Brasília. Seu objetivo é fomentar a diversidade e patrocinar a realização de eventos que valorizem as raízes culturais do Brasil, como espetáculos de música, teatro, dança, exposições de artes visuais, dentre outros. Além dos eventos realizados no espaço da Caixa Cultural, a empresa ainda mantém extensos acervos históricos e artísticos.
Endereço: Avenida Almirante Barroso, 25 – Centro 
Metrô: descer em Cinelândia.
Horários: Terça a domingo, das 10h às 22h


Imagem 3: Caixa Cultural
Fonte: Time Out

  • Real Gabinete Português da Leitura
Este majestoso gabinete de leitura é de cair o queixo. Foi construído em 1880 e transformou-se em uma biblioteca pública em 1900. Desde então, conta com programação cultural aberta ao público. Se você, como eu, é fascinado por bibliotecas, precisa conhecer esta, ela possui milhares de livros, é realmente impressionante.
Endereço: Luís de Camões nº 30 – Centro
Metrô: descer em Uruguaiana
Horários: de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 h
Entrada: gratuita

Imagem 4: Real Gabinete Português de Leitura
Fonte: Do Autor

  •  Palácio Tiradentes
Inaugurado em maio de 1926, o palácio sedia atualmente a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, mas foi o antigo prédio do Congresso Nacional brasileiro, entre 1926 e 1960. O prédio é lindíssimo e é muito fácil avistá-lo no centro do Rio.
Endereço: Rua Dom Manuel
Como chegar: Ônibus 2329, 2333, 2334, 2335, 2337, 2338


Imagem 5: Palácio Tiradentes
Fonte: Do Autor

  • Biblioteca Parque Estadual
A BPE possui um acervo de cerca de 200 mil livros de ficção e não-ficção, livros de arte, quadrinhos, biblioteca infantil e 20 mil filmes. “Em seus atuais 15 mil m², a biblioteca promove também experiências únicas com oficinas, laboratórios, plataformas multimídia e uma diversidade de linguagens artísticas.” (Fonte: Biblioteca Parque Estadual) Quando estive no Rio de Janeiro, estava tendo uma exposição de figurinos da novela da Globo “Meu Pedacinho de Chão”. Confira no site a programação quando for visitar a cidade.
Endereço: Av. Presidente Vargas, 1261, Centro.
Como chegar: Metrô L-1 em direção a Saens Pena, descer em Uruguaiana
Horários: DE TERÇA A DOMINGO DAS 10H ÀS 20H.
Entrada: gratuita
Site: http://www.bibliotecasparque.rj.gov.br/#home


Imagem 6: Biblioteca Parque Estadual

  • Theatro Municipal
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado em 1909, é um dos edifícios mais imponentes da região conhecida como Cinelândia, no centro da cidade. Lá você pode fazer visitas guiadas e assistir a grandes espetáculos Confira a programação no site. 
Endereço: Praça Floriano, S/N – Centro
Como chegar: Metrô L-1 em direção a Saens Pena, descer em Cinelândia
Visita guiada
Horários: Sábado e feriados 11h, 12h e 13h
Ingresso: 10,00 (inteira), 5,00 (meia)
Lotação por visita: 50 pessoas

Imagem 7: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Fonte: Do Autor

  • Centro Cultural Banco do Brasil
O prédio de arquitetura neoclássica do Centro Cultural do Banco do Brasil foi projetado por Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, em 1880. No passado, esteve ligado às finanças e aos negócios. No final da década de 1980, a fim de resgatar o valor simbólico e arquitetônico do local, o Banco do Brasil decidiu transformá-lo em um centro cultural, tornando-se rapidamente um dos mais importantes do país.
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Como chegar: Ônibus 119, 121, 123, 124, 125, 177, 2017
Horários: de quarta a segunda, das 9h às 21h.
Site: http://culturabancodobrasil.com.br/portal/rio-de-janeiro




Imagem 8: Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro

  • Ministério da Educação e Cultura
O Edifício Gustavo Capanema ou Palácio Capanema, também conhecido pelo seu uso original como MEC, é um marco na Arquitetura Moderna Brasileira, parada obrigatória para os amantes da Arquitetura. Foi projetado por um grupo de arquitetos composto por Lucio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge Machado Moreira, com a consultoria do mestre franco-suiço Le Corbusier. O edifício de 16 andares está suspenso sobre pilotis de 10 metros de altura, permitindo o trânsito livre de pedestres por todo o pavimento térreo. Simplesmente genial. O revestimento externo do edifício é decorado por azulejos do pintor brasileiro Cândido Portinari.
Endereço: Rua da Imprensa, 16 – Centro
Metrô: descer em Cinelândia

Imagem 9: Edifício Capanema
Fonte: Do Autor

Imagem 10: Azulejos de Cândido Portinari, Edifício Copanema
Fonte: Do Autor

  •  Biblioteca Nacional
Prédio histórico de arquitetura imponente com escadarias, amplas claraboias em vitral colorido, bela ornamentação e salas preservadas, além das obras de arte espalhadas pelos diversos espaços do prédio. Nos espaços internos da biblioteca, os visitantes também têm acesso a exposições temáticas. É a maior biblioteca da América Latina.
Endereço: Av. Rio Branco 219.
Metrô: descer em Cinelândia
Horários: segunda a sexta, das 10h às 17h, e aos sábados, das 10h às 14h
Visitas de 1 em 1 hora.
Site: https://www.bn.br/


Imagem 11: Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
Fonte: Wikimedia

  • Museu Nacional de Belas Artes
A bicentenária coleção do Museu Nacional de Belas Artes conta a história das artes plásticas no Brasil desde os seus primórdios. O belíssimo acervo reúne obras nacionais e internacionais, nomes como Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, Jean-Baptiste Debret, Tomie Ohtake, Alfredo Volpi, Di Cavalcanti, Alfred Sisley e Auguste Rodin. Imperdível para os apreciadores da Arte!
Endereço: Av. Rio Branco, 199 – Centro
Metrô: descer em Cinelândia
Horários: Terça a sexta-feira das 10 às 18hs; Sábados, domingos e feriados das 12 às 17 horas.
Entrada: R$ 8,00, meia: R$ 4,00. Grátis aos domingos. Venda de ingressos e entrada de visitantes até 30 min antes do fechamento do museu.



Imagem 12: "Bandeirinhas", Alfredo Volpi
Fonte: Do Autor

Imagem 13: "Navio Negreiro", Di Cavalcanti
Fonte: Do Autor

          GÁVEA

  • Instituto Moreira Salles 
A residência foi projetada por Olavo Redig de Campos e os jardins por Roberto Burle Marx responsável pelo paisagismo do Parque Ibirapuera em São Paulo, a Pampulha em Belo Horizonte e o Eixo Monumental em Brasília. A casa em si já é uma atração, pois é um importante ícone da Arquitetura Moderna Brasileira. O Instituto possui acervo de Fotografia, Iconografia, Música e Literatura, abriga exposições, filmes e shows.
Endereço: Rua marquês de são Vicente, 476, Gávea
Como chegar: Ônibus 570, 574 ou 584 + 170 ou 2014
Horários: Terça a domingo, 11 as 20h
Entrada: Inteira 22, meia 11 reais


Imagem 14: Instituto Moreira Salles
Fonte: Wikimedia

Continua no próximo post!

Fique ligado que em breve postaremos a continuação dos roteiros de Londres e da França!
Curta nossa página no Facebook e siga a gente no Instagram @planetacriativo

Até mais!