quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um romance sobre Razão e Sensibilidade

Imagem: Livro ''Sense and Sensibilty'', Jane Austen
Fonte: Do autor 

Estou de volta com a última postagem do ano! Hoje o assunto é a obra literária Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibilty) da escritora inglesa Jane Austen. Falarei também sobre a versão do romance para o cinema, de 1995, do diretor Ang Lee. Mas antes de falarmos sobre o livro e o filme, é importante que saibamos um pouco mais sobre a autora. Jane Austen é um dos maiores nomes da literatura inglesa que, apesar de ter vivido séculos atrás, possui ainda hoje uma legião de fãs. Ela escreveu ‘Orgulho e Preconceito’, ‘Razão e Sensibilidade’, ‘Persuasão’, ‘Emma’, ‘Palácio das Ilusões’ e ‘Abadia de Northanger’, romances conhecidos mundialmente, que foram adaptados para o cinema e a televisão, e traduzidos para muitas línguas. 

Assim como seus personagens, Jane Austen (1775 - 1817) cresceu em uma zona rural na Inglaterra entre a classe abastada e religiosa. [...] Em 1801 a família mudou-se para Bath. Com a morte do pai em 1805, Jane, sua irmã e a mãe mudaram-se para Chawton, onde seu irmão lhes tinha cedido uma propriedade (uma cottage). (DESCOBRINDO JANE AUSTEN)
Acredita-se que ela tenha tido um romance com Thomas Lefroy, mas ela nunca se casou. Escreveu seu primeiro romance aos 17 anos, Lady Susan e em 1797, ''Orgulho e Preconceito'', sua obra mais conhecida. 
Morreu em Winchester, um ano antes de serem publicadas as obras Persuasão  e Abadia de Northanger [...] Seu poder de observação do cotidiano forneceu-lhe material suficiente para dar vida aos personagens de suas obras, e a crítica considerou-a a primeira romancista moderna da literatura inglesa.’’ (DESCOBRINDO JANE AUSTEN)
Podemos estabelecer várias semelhanças entre as características pessoais e a experiência de vida de Jane e as de seus personagens. 


O enredo de ''Razão e Sensibilidade'' gira em torno de duas irmãs, Marianne e Elinor Dashwood. Quando seu pai morre, a propriedade em que vivem passa a ser de seu irmão, John Dashwood, seu único filho homem. A mãe e suas três filhas, Marianne, Elinor e Margaret ficam com uma pequena herança.O irmão promete ao pai em seu leito de morte que não deixará as irmãs desamparadas, mas sua esposa Fanny, após a morte do Sr. Dashwood, o convence a não mais sustentar suas irmãs. O irmão de Fanny, Edward Ferrars, faz uma visita à família e logo ele e Elinor sentem-se atraídos um pelo outro. Um primo da Sra. Dashwood oferece a ela e suas filhas um chalé em Devonshire e elas mudam-se para lá. Lá, Marianne conhece um belo rapaz, John Willoughby e apaixona-se por ele. A partir daí, a história relata os romances paralelos de Elinor e Marianne e a forma como elas lidam com suas decepções amorosas. Elinor e Marianne representam, respectivamente, a Razão e a Sensibilidade,

Jane Austen faz, não só em ''Razão e Sensibilidade'', mas em sua obra de forma geral, um retrato crítico da sociedade de sua época, do século XVIII. Ela nos mostra como o dinheiro e a ganância corrompia as pessoas, a maneira como a mulher era submissa ao homem e à sua situação financeira, e o faz através de personagens femininas de personalidade forte como Elinor Dashwood e Elisabeth Bennet de ''Orgulho e Preconceito''. Eu li o livro no idioma original, em Inglês, e confesso que a linguagem é um pouco difícil, mas não chega a ser um Shakespeare. Devido à época em que foi escrita, várias frases e expressões caíram em desuso. Não é um livro de muita ação, a história vai se desenrolando lentamente. Recomendo a leitura, apesar de ser um pouco cansativa.

O filme de Ang Lee é muito bom, gostei bastante. Belíssimas atuações, elenco premiado: Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant, Alan Rickman, Imelda Stauton, figurinos e cenários que são bem parecidos com o que se imagina lendo o livro. O roteiro, escrito por Emma Thompson, é bastante fiel, a única ressalva é em relação ao final, que, na minha opinião, foi muito resumido e cortou alguns momentos relevantes para o desfecho e para a compreensão de alguns acontecimentos. No entanto, o filme recebeu o Oscar de melhor roteiro adaptado, entre outros prêmios.

Assista aqui ao trailer do filme, de 1995. 

Você que leu o livro e/ou assistiu ao filme, deixe seu comentário.



Imagem: Pôster do Filme ''Sense and Sensibilty'', 1995.

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Agradeço e desejo a todos um FELIZ ANO NOVO!!!!! 



Referências: 

AUSTEN, Jane. Sense and Sensibilty. England: Penguim English Library, 1969. 

DESCOBRINDO JANE AUSTEN. Biografia. Disponível em: <http://descobrindojaneausten.blogspot.com.br/p/biografia.html>. Acesso em: 31 dez. 2014.

MARCELO, Clóvis. Razão e Sensibilidade - Jane Austen (Livro e Filme). 2014. Disponível em: <http://defrentecomoslivros.blogspot.com.br/2014/05/razao-e-sensibilidade-jane-austen-livro-e-filme-1995.html>. Acesso em: 31 dez. 2014

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Da saga ''Jogos Vorazes'': A Esperança Parte 1

Imagem 1: Jogos Vorazes: A Esperança Parte 1 
Fonte: Geekadelphia

Já falei sobre o livro e hoje farei alguns comentários sobre a primeira parte da versão para o cinema. De maneira geral, gostei do filme. No entanto, acho que o problema dessa ideia de dividir o livro em dois é que a primeira parte acaba sendo a mais monótona, afinal a autora não estava pensando nessa divisão da história quando escreveu o livro.

Uma vantagem desse modelo parte 1 e parte 2, o qual, ao que tudo indica, começou com o Harry Potter e foi seguido por outras franquias, é que a riqueza de detalhes é maior, dá para os filmes serem mais fiéis ao livro. Todavia, A Esperança - Parte I pecou um pouquinho nesse quesito, na minha opinião. Eles reproduziram boa parte das cenas, dos diálogos (alguns deles eram iguais aos do livro), mas omitiram um detalhe muito importante para o andamento da história. Obviamente não direi o que é para não estragar a surpresa de quem ainda não viu, mas quem leu o livro e assistiu ao filme sabe do que estou falando. Esperemos a segunda parte pra ver se esse detalhe vai aparecer ou não, se foi apenas um descuido ou uma estratégia do roteirista.

A cena final, por sua vez, não está no livro, mas teve um efeito legal no filme. Eles não apostaram no final mais óbvio, que eu esperava e, a meu ver, esse foi um ponto positivo. É claro que não dá pra comparar o filme com o livro. No livro, fazemos uma conexão bem maior com a Katniss, que é a personagem principal, pois ela narra a história. O filme é visual, os atores são ótimos, os efeitos também, mas o espectador não consegue captar as emoções de forma tão profunda quanto no livro. Ainda assim, acredito que o filme tenha sido satisfatório para os fãs, talvez não tanto para os espectadores mais desavisados, que esperavam uma nova edição dos Jogos Vorazes, com muita ação e luta pela sobrevivência.

Para ler a minha crítica sobre o livro ''A Esperança'' (Monckingjay), e conhecer um pouco do enredo, clique aqui.

Assista ao trailer de A Esperança Parte 1 aqui.

A estreia de Esperança - Parte 2 está prevista para novembro de 2015. Enquanto esperamos, deixe seu comentário, sua opinião sobre a primeira parte, e sugestões para o blog!

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Até a próxima!

Imagem 2: Cena do filme 'A Esperança Parte 1' 
Fonte: Black Film

Imagens: 

1- GEEKADELPHIA. Disponível em: <http://www.geekadelphia.com/wp-content/uploads/2014/11/mockingjay-part-1-trailer.jpg> Acesso em: 18 dez. 2014
2- BLACK FILM. Disponível em: < http://www.blackfilm.com/read/wp-content/uploads/2014/09/The-Hunger-Games-Mockingjay-%E2%80%93-Part-1-Jennifer-Lawrence-4.jpg> Acesso em: 18 dez. 2014

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Castelo Rá-Tim-Bum: A Exposição

Imagem: Saguão do Castelo 
Castelo Rá-Tim-Bum - A Exposição, MIS, São Paulo
Fonte: Ana Paula Teixeira 

Eu nunca tinha visto uma mostra em um museu ser tão bem sucedida no Brasil quanto a exposição do Castelo Rá-Tim-Bum no MIS, em São Paulo. Realmente foi A exposição do ano. Prova disso foi a prorrogação até o fim de janeiro (dia 25), após inúmeros pedidos. Acho que todo brasileiro já ouviu falar do programa, é impossível não se emocionar com a mostra, que comemora os 20 anos desde o início do programa na TV Cultura. O Castelo Rá-Tim-Bum foi um enorme sucesso e, na minha opinião, o melhor programa de televisão de conteúdo infantil e educativo que já existiu. A TV Cultura sempre apresentou ao público um conteúdo muito legal e informativo, nadando contra a corrente em termos de televisão aberta, mas o Castelo superou as expectativas.

A exposição reconstrói os ambientes do Castelo de forma muito interessante e real, parece que você está realmente entrando no cenário, e por algumas horinhas você se sente criança de novo. É bem nostálgico, fiquei com muita saudade. A arquitetura do museu ajuda bastante, o saguão do castelo ficou perfeito! Os visitantes podem conferir partes do acervo do programa, recuperado e restaurado pelo MIS, objetos de cena, figurino, fotos, desenhos, bonecos, além de depoimentos gravados pelos atores, trechos de vídeos e um documentário sobre o Castelo. A exposição é bastante interativa, é possível mexer em alguns objetos e até sentar em alguns móveis. São mais de dez ambientes, simplesmente fantásticos. Veja as fotos que eu tirei no álbum do Facebook Mas atenção, se você não foi ainda na exposição e não quer estragar a surpresa, é melhor nem ver!

A seguir, informações gerais sobre o programa, retiradas do site oficial do MIS:

Sobre o programa
Castelo Rá-Tim-Bum foi um programa de televisão brasileiro voltado para o público infanto-juvenil, produzido e transmitido pela TV Cultura entre 1994 e 1997. O programa foi parcialmente inspirado no também educativo Rá-Tim-Bum, e deu origem a uma franquia televisiva, da qual também faz parte Ilha Rá-Tim-Bum. O Castelo é uma criação do dramaturgo Flávio de Souza e do diretor Cao Hamburger, com roteiros de Dionisio Jacob (Tacus), Cláudia Dalla Verde, Anna Muylaert, entre outros.
 
Com a colaboração de 250 profissionais entre diretores, atores, equipe de efeitos visuais, cenógrafos, pintores, marceneiros, músicos, professores de português, especialistas em pedagogia, o Castelo Rá-Tim-Bum foi eleito o melhor programa infantil de 1994 pela Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA. Ainda em 1994 e 1995, recebeu a medalha de prata na categoria melhor programa infantil do Festival de Nova York; em 1995, ganhou o Prêmio Sharp de Música para o melhor disco infantil; e entre 1999 e 2001 a série foi exibida para toda América Latina pelo canal a cabo Nickelodeon. 


Para mais informações sobre a exposição, datas, horários, ingressos, dicas etc. clique aqui.



Imagem: Maquete do Castelo
Castelo Rá-Tim-Bum - A Exposição, MIS, São Paulo
Fonte: Ana Paula Teixeira

Por fim, deixo algumas curiosidades sobre o Castelo Rá-Tim-Bum:

1) Na biblioteca do castelo havia em torno de 6 mil livros, grande parte deles foi doada pela editora Círculo do Livro, que não existe mais. Para dar mais volume à biblioteca, foram ainda construídas pela equipe peças de isopor, revestidas de tecido.

2) A princípio, a personagem Caipora seria o Curupira, outra personalidade do nosso folclore, mas mudaram de ideia porque seria muito difícil fazer os pés virados.

3) O ator que interpretava o Etevaldo morreu antes da conclusão das gravações, faltando um episódio. É por isso que no último episódio aparece a Etcetera, irmã do Etevaldo.

4) A máquina lava-louças que ficava atrás da pia da cozinha foi inspirada nos jogos de Aquaplay e não limpava os pratos de verdade.  

5) Ciça Meirelles, que interpretava uma das passarinhas (‘Passarinho, que som é esse?’), é esposa do cineasta Fernando Meirelles.

6) O figurino e o visual do Dr. Victor foram inspirados no personagem Frankeinstein e no Salvador Dalí (tema do último post).

7) Já o figurino de Nino é inspirado em uma roupa de inverno do século XV na Europa.

8) O Tíbio e o Perônio foram inspirados em dois personagens do desenho francês ''As Aventuras de Tin Tin'', Dupond e Dupont e também em o Gordo e o Magro. 

Para recordar, assista a um episódio do programa clicando aqui. E no canal do Youtube do Castelo Rá-Tim-Bum dá pra conferir vários outros vídeos. Divirta-se!

Por hoje é só, espero que tenha gostado e que volte sempre!

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Imagem: Biblioteca
 Castelo Rá-Tim-Bum - A Exposição, MIS, São Paulo
Fonte: Ana Paula Teixeira

Imagem: Figurino do Nino 
Castelo Rá-Tim-Bum - A Exposição, MIS, São Paulo
Fonte: Ana Paula Teixeira

Referências 


SÃO PAULO. MIS - MUSEU DA IMAGEM E DO SOM. . Programação: Castelo Rá-Tim-Bum - A Exposição. 2014. Disponível em: <http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=1602>. Acesso em: 12 dez. 2014.

PASSOS, Clarissa. 40 coisas que você não sabia sobre Castelo Rá-Tim-Bum. 2014. Disponível em: <http://www.buzzfeed.com/clarissapassos/40-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-castelo-ra-tim-bum>. Acesso em: 12 dez. 2014.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Salvador Dalí: O mestre do Surrealismo

Estive recentemente na exposição do Salvador Dalí em São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake, e no Museu de Arte Moderna de Nova York, onde pude conferir o quadro mais famoso dele, ‘‘A Persistência da Memória’’ (1931). Deixo aqui minhas impressões sobre a exposição e algumas curiosidades sobre o artista.

A Persistência da Memória, Salvador Dalí.
Fonte: Ana Paula Teixeira.
[foto tirada no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), 2014]

A mostra organizada pelo Instituto Tomie Ohtake é a maior retrospectiva do Salvador Dalí já feita no Brasil. Ela inclui vários quadros conhecidos como O Sentimento de Velocidade” (1931) e O espectro do sex appeal” (1934), além de contribuições do artista para a sétima arte e para a literatura. Dalí dirigiu os filmes O cão andaluz(1929) e A Idade de Ouro (1930) com Luis Buñuel, e desenhou cenas do filme Quando fala o coração” (1945), de Alfred Hitchcock. Ele também fez ilustrações para o livro Alice no País das Maravilhas” (1865) de Lewis Carroll, entre outros clássicos da literatura. A animação Destino, de Dalí e Walt Disney, que só foi concluído muitos anos após a morte dos dois, em 2003, também faz parte do conteúdo da exposição. (Confira os links no fim do texto)

Salvador Dalí nasceu no ano de 1904, na Espanha. Foi um dos principais artistas representantes do Surrealismo, movimento que se fez presente não só nas artes plásticas, mas também no cinema e em outras expressões artísticas. Em 1921, Dalí entrou para a Escola de Belas Artes de Madrid, mas foi expulso da instituição em 1926, ao afirmar que nenhum docente tinha capacidade de avaliar seu trabalho. Em 1939, foi expulso também do movimento surrealista, por razões políticas. Ele foi uma personalidade polêmica, excêntrica, por vezes exibicionista, mas de uma genialidade incrível. As obras de Pablo Picasso e as teorias de Sigmund Freud foram importantes e muito influentes em sua produção artística.

Dalí explorava imagens do cotidiano de forma muito inusitada e bizarra, usando cores vivas e uma luminosidade característica. Ele dizia que seus quadros eram ‘fotografias de sonhos pintadas à mão’. (Folha Online, 201_) Sua obra é repleta de signos, de mensagens e questionamentos, extremamente difícil de decifrar. É necessário observar suas obras com muita atenção para que se possa captar a riqueza de detalhes. Dalí morreu em 1989, deixando sua marca no mundo das artes, e jamais será esquecido.

Obs.: A exposição em São Paulo vai até o dia 11 de janeiro de 2015. Para mais informações, clique aqui.

Autorretrato cubista, Salvador Dalí
Fonte: Ana Paula Teixeira
(foto tirada na mostra ''Salvador Dalí'' no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2014)

Fotos:
O Sentimento de VelocidadeSalvador Dalí, 1931. 
O espectro do sex appeal Salvador Dalí, 1934. 
Alice no País das Maravilhas, Salvador Dalí, 1969. Livro de Lewis Carroll. 

Confira mais fotos no álbum do Facebook: clique aqui.

Vídeos:
O cão andaluz(Um Chien Andalou), Luis Buñuel e Salvador Dalí, 1929. 
A Idade de Ouro (L’age d’Or), Luis Buñuel e Salvador Dalí,  1930. 
Quando fala o coração (Spellbound), Alfred Hitchcock, 1945. Cena do sonho, desenhada por Dalí. 
Destino, Salvador Dalí e Walt Disney, 2003. 

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Até a próxima!

Referências
INSTITUTO TOMIE OHTAKE (São Paulo, Brasil). Exposições: Salvador Dalí. Disponível em: <http://www.institutotomieohtake.org.br/programacao/exposicoes/salvador-dali/> Acesso em: 3 dez. 2014
SUA PESQUISA (Brasil). Biografias: Salvador Dalí. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/biografias/salvador_dali.htm> Acesso em: 3 dez. 2014.
FOLHA ONLINE. (São Paulo, Brasil) Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura: Biografia - Salvador Dalí (1904-1989). Disponível em: <http://mestres.folha.com.br/pintores/13/> Acesso em: 3 dez. 2014.
E-BIOGRAFIAS (Brasil). Biografia de Salvador Dalí. Disponível em: <http://www.e-biografias.net/salvador_dali/> Acesso em: 3 dez. 2014. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Rock britânico: Arctic Monkeys

Alex Turner (vocal) e seus companheiros criaram a banda em 2002, na cidade de Sheffield, no norte da Inglaterra. Eles são considerados como representantes do estilo musical chamado Indie Rock, assim como The Libertines e Franz Ferdinand. No entanto, eles têm um estilo próprio, muita qualidade musical e uma atitude que me lembra um pouco Os Beatles. (Eles até tocaram uma versão cover de Come Together na abertura das Olimpíadas de Londres, em 2012, confira aqui.) O primeiro álbum, intitulado ‘‘Whatever People Say I Am, That's What I'm Not’’, ‘’tornou-se o álbum de estreia vendido mais rápido na história da música britânica, ultrapassando Definitely Maybe do Oasis’’, e mantém essa posição até hoje. Ele ainda foi eleito pela NME (New Musical Express) como o 5º melhor álbum da música britânica, ganhou o Mercury Prize 2006 e o Brit Award for Best British Album em 2007. (Fonte 1)

Ao longo da carreira, os ingleses lançaram mais quatro álbuns, sendo o último de 2013, e continuam na ativa, melhores do que nunca. Eu estive no último show dos Monkeys em São Paulo e vou contar pra vocês como foi. Quem abriu o show foi a banda sueca de punk rock, The Hives. Infelizmente não consegui assistir ao show, devido à péssima organização do evento. Fiquei mais de uma hora esperando para entrar no Anhembi, onde aconteceram os shows, em uma fila gigantesca. O lugar é enorme e possui várias entradas, não entendo por que somente o portão mais longe do palco estava aberto ao acesso para a pista. Mais uma vez cheguei à conclusão de que vale a pena pagar mais caro pela pista premium.

O show do Arctic Monkeys foi ótimo. O setlist estava incrível, o som, impecável, a voz do Alex Turner não muda nada ao vivo! Porém, senti falta de um pouco mais de interação com o público. Ainda que eles sejam normalmente mais sérios do que outras bandas no palco, como Kaiser Chiefs, por exemplo, eu percebi um certo desânimo por parte dos músicos nessa apresentação, se comparada com a de 2012 no Lollapalooza. Apesar dos pesares, da péssima organização e do show um pouco desanimado, não dá pra negar que os caras tocam muito e que as músicas são excelentes, é por esses motivos que considero Arctic Monkeys uma das minhas bandas favoritas, e um grande destaque na cena do Rock atualmente. 


                                               Fonte: Site Oficial Arctic Monkeys

Confira o setlist do show em São Paulo, no dia 14/11/14: (Fonte 2)

 1. Do I Wanna Know?
 2. Snap Out of It
 3. Arabella
 4. Brianstorm
 5. Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair 
 6. Dancing Shoes 
 7. Teddy Picker 
 8. Crying Lightning 
 9. No. 1 Party Anthem 
 10. Knee Socks 
 11. My Propeller 
 12. All My Own Stunts 
 13. I Bet You Look Good on the Dancefloor 
 14. Library Pictures
 15. Why'd You Only Call Me When You're High? 
 16. Fluorescent Adolescent 
 17. 505 

 Encore: 
18. One for the Road 
 19. I Wanna Be Yours 
 20. Mardy Bum (Short Acoustic Version) 
21. R U Mine?

 Veja agora mais informações sobre a banda no site oficial  e vídeos aqui

 Você que também assistiu ao show em São Paulo concorda comigo? Deixe sua opinião nos comentários! 

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Pra acessar outras postagens com o mesmo tema, basta clicar no marcador ‘‘Música’’ no final desta postagem.

Nos vemos em breve! 

Referências:
1- MÚSICA (Brasil). Grupo Globo. Arctic Monkeys: Biografia. Disponível em: . Acesso em: 26 nov. 2014. 2- SETLIST.FM. Arctic Monkeys Setlist at Arena Anhembi, São Paulo, Brazil. Disponível em: <http://musica.com.br/artistas/arctic-monkeys/biografia.html>Acesso em: 26 nov. 2014
2- SETLIST.FM. Arctic Monkeys Setlist at Arena Anhembi, São Paulo, Brazil. Disponível em:<http://www.setlist.fm/setlist/arctic-monkeys/2014/arena-anhembi-sao-paulo-brazil-4bcc570a.html> Acesso em: 26 nov. 2014
Imagem - ARCTICMONKEYS (Official Website). Disponível em: <http://www.arcticmonkeys.com/photos.php> Acesso em: 26 nov. 2014. 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Ópera: A Flauta Mágica

Nos dias de hoje, o número de pessoas que apreciam a música erudita e que a consomem é muito reduzido, principalmente entre os jovens. Algumas pessoas demonstram um certo preconceito ou receio em frequentar concertos de música clássica e óperas. Essas pessoas não vão a esses lugares porque acreditam que, não entendendo o suficiente do assunto, ficariam entediadas e sentir-se-iam excluídas em meio a tantos intelectuais e entendedores. A Companhia Minaz de Ribeirão Preto tratou de acabar com esse mito e nos mostrou em ‘A Flauta Mágica’ que todo mundo pode entender e apreciar uma Ópera.

A proposta da Cia. Minaz nessa ópera estúdio foi atrair vários tipos de público, inclusive aquele que não está habituado com a linguagem das óperas, desde crianças até adultos. A montagem é uma versão resumida, de duração reduzida, e em português da ópera de Mozart (a versão original é em alemão). A música é realizada por um conjunto de câmara que inclui piano, violinos, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta, clarineta, fagote, trompete, percussão, solistas e o coro juvenil da Cia Minaz. A apresentação é muito agradável, em certos momentos cômica, e agrada todas as idades. A companhia está de parabéns pelo incrível trabalho que tem feito e por esta iniciativa em especial.

Além das apresentações no Teatro Minaz, que ocorreram nos dias 6 e 7 de novembro, eles também estiveram em outras cidades do estado de São Paulo como Campinas, Campos do Jordão e Araraquara. Pra saber mais, entre no site www.ciaminaz.com.br. Lá você pode se informar melhor sobre a trajetória da Cia Minaz desde sua criação em 1990 até hoje, sobre os corais, os espetáculos mais recentes e os próximos eventos. Curta a página da cia. no Facebook e fique por dentro dos acontecimentos. 

Confira a sinopse de ‘A Flauta Mágica’:

O Príncipe Tamino, perdido em uma estranha floresta é perseguido por uma serpente monstruosa. Três misteriosas damas o salvam matando a serpente e correm para contar à sua rainha sobre a presença de um belo príncipe em suas terras. [...] A rainha pede a Tamino que salve sua filha, Pamina, que diz ter sido raptada por um cruel feiticeiro chamado Sarastro e manda Papageno [caçador de pássaros da rainha da noite] para ajudá-lo, dando aos dois uma flauta e sinos encantados. [...] Os dois se perdem um do outro e Papageno encontra a princesa Pamina [...] Tamino chega ao templo de Sarastro guiado por três gênios [...].
Pamina e Papageno são capturados por Monostatos e seus escravos, mas conseguem escapar com os sinos encantados. Surge Sarastro, que mostra ser um homem bom castigando Monostatos e mandando que Tamino e Papageno passem por provas no templo para merecerem o que desejam. [...] A Rainha da Noite surge diante de Pamina e ordena que mate Sarastro para que ela se apodere do disco mágico, aumentando assim seus poderes. Pamina se recusa a matá-lo. [...] Sarastro permite que Pamina passe pelas provas da água e do fogo com Tamino. Eles saem vitoriosos. A Rainha, suas Damas e Monostatos resolvem invadir o castelo de Sarastro mas são atingidos pelos raios de sol do disco mágico e atirados para sempre na escuridão eterna. Papageno ganha uma Papagena e muitos filhos e o povo festa a união dos príncipes Pamina e Tamino e a vitória do bem. [O Gran Finale é encantador!] (Cia. Minaz, 2014)




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Nos vemos na próxima, e vem muita coisa legal por aí!



sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Especial de Halloween: American Horror Story

Imagem: Murder House, American Horror Story
por Ana Paula Teixeira

Em homenagem ao Dia das Bruxas, que é hoje, resolvi escrever sobre minha série favorita do momento, American Horror Story, que já está na quarta temporada. É uma série de terror, mas um tipo de terror diferente daquele que estamos acostumados. A intenção dos roteiristas Ryan Murphy e Brad Falchuk parece ser mais intrigar e chocar o público do que provocar medo e susto. As histórias são interessantes, apesar de algumas falhas narrativas.

A primeira temporada, Murder House, chamou a atenção, mas não tanto. A história gira em torno de um casal que se muda para uma casa onde várias pessoas morreram. Esses espíritos assombram a casa e parecem nunca ter saído de lá. Murphy não apresenta nada de muito inovador ao telespectador, mas consegue fazer uma temporada interessante. (Veja aqui o trailer) O destaque, ao meu ver, fica para a segunda e a terceira temporadas. A quarta, Freak Show acabou de começar, não dá para avaliar por enquanto, mas ela promete. Veja o trailer aqui.

Imagem: Freak Show, American Horror Story, FX
Fonte: Filmow

A segunda temporada, Asylum, foi sem dúvidas a mais polêmica entre as três primeiras. A história se passa nos anos 1960, em um sanatório criado pelo monsenhor Timothy Howard (Joseph Fiennes). Quem comanda a instituição é a Irmã Jude, uma freira interpretada por Jessica Lange, que está incrível no papel.  Os pacientes são tratados por um psiquiatra e um médico/cientista. Logo descobrimos que alguns pacientes foram internados injustamente, como é o caso de Lana Winters (Sarah Paulson), uma jornalista homossexual. A partir dessa temporada, os roteiristas passaram e explorar vários temas diferentes como a religião, o nazismo, o homossexualismo, a presença alienígena, entre outros. Talvez o maior problema de Asylum seja essa mistura, pois alguns acontecimentos ficaram desconectados da trama e sem muito sentido. Na minha opinião, a temporada atingiu seu objetivo, apesar de eles terem se perdido um pouco no final, faltou amarrar um pouco mais as pontas. Mas não há como negar que eles inovaram no gênero e chocaram bastante com suas bizarrices. (Assista ao trailer aqui)

A terceira temporada, por sua vez, é considerada a mais leve de todas, mas é a minha preferida até agora. Coven foi, desde o início, a mais esperada por mim, pois o tema me agrada muito. Ela gira em torno de um clã de bruxas que busca sobreviver às intempéries de seu tempo. Sempre gostei muito de histórias de bruxas (Sou fã desde os oito anos da série Harry Potter) e de temas macabros no estilo Tim Burton, além de filmes de terror e suspense. Sendo assim, essa temporada uniu o útil ao agradável, ou melhor, desagradável.

Assim como em Asylum, Coven é uma salada de frutas, tem bruxaria, vodu, racismo, ambição, o poder feminino (que é o foco da temporada) e até zumbis. No entanto, eu acho que dessa vez eles acertaram, tiveram mais coerência. Alguns tropeços aqui e ali, mas o resultado foi ótimo. Por trás da ficção tem História e Mitologia, tudo foi muito bem fundamentado. Diferentemente de Asylum, Coven se passa nos dias atuais, em New Orleans, e não em Salem, como alguns esperariam. O problema dessa temporada foi o grande número de personagens, pois nem todos foram bem explorados ao longo dos capítulos. 

Deixo aqui curiosidades sobre alguns personagens:
- Madame LaLaurie foi de fato uma figura celebre em New Orleans. Acredita-se que ela realmente maltratava seus escravos e tinha um apetite sádico por tortura-los e assassiná-los das piores maneiras possíveis. (Fonte)
- Marie Laveau, a Rainha Vodu, foi uma praticante de vodu muito famosa nos Estados Unidos, acredita-se que ela vivia no bairro francês de New Orleans.
 (Fonte)
- O Homem do Machado foi um serial killer que aterrorizou a cidade, a maioria de suas vítimas eram mulheres.   
- ‘’O Minotauro (touro de Minos) é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga. Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror.’’ (Fonte)

Veja o trailer de Coven aqui.

Confira aqui um guia das locações de American Horror Story em New Orleans. Muito interessante pra quem estiver de passagem pela cidade!

Bom, por hoje é só. Espero que tenham curtido. Feliz Halloween para todos!

Nos vemos na próxima! 

Imagem: American Horror Story


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Broadway: O Fantasma da Ópera

por Ana Paula Teixeira 

Em julho e início de agosto deste ano, estive em Nova York, como vocês já sabem. Lá pude conferir pela primeira vez um espetáculo da Broadway. Sempre tive muita curiosidade em relação aos musicais da Broadway, que são tão famosos e falados no mundo todo.

Uma vez em Nova York, não tive dúvidas, escolhi o Fantasma da Ópera (The Phantom of the Opera). Além de ser um clássico, o espetáculo que está há mais tempo em cartaz na Broadway, eu já conhecia a trilha sonora, da qual gosto muito. Inclusive, estava estudando, antes de viajar, uma das canções do musical, Think of Me, nas minhas aulas de canto. Outro fator decisivo para minha escolha foi o valor do ingresso, mais acessível do que de outras peças que estrearam há menos tempo, como o Rei Leão. No final do post, deixarei dicas pra quem quer conseguir ingressos mais baratos.  

Apesar de já ter visto algumas versões cinematográficas de musicais da Broadway como Os Miseráveis, tinha uma certa desconfiança em relação aos musicais de palco. A minha primeira impressão, entretanto, foi muito positiva. Amei o espetáculo, é uma superprodução, o cenário é lindo, os efeitos especiais fantásticos. Além disso, o elenco atual é ótimo, eles atuam, cantam e dançam muito bem. A atuação de Norm Lewis como Fantasma tem sido muito elogiada pela crítica, e eu gostei bastante da Sierra Boggess no papel de Christine.

Diferentemente do que acontece em adaptações para o cinema, em que os atores muitas vezes aprendem a cantar para fazer o filme, me parece que os atores e cantores da Broadway têm uma formação mais completa. Compare as performances: Versão da Broadway, de 2014 e Versão para o Cinema, de 2004.

Vamos à sinopse de O Fantasma da Ópera, além de algumas curiosidades sobre a produção:

‘O musical baseia-se no romance de Gaston Leroux [Le Fantôme de l'Opéra] e conta a história de uma figura mascarada, o Fantasma, que habita as catacumbas do Teatro de Ópera de Paris, assustando todos os que lá trabalham. No entanto, o Fantasma apaixona-se por uma jovem soprano, Christine, e usa todos os seus poderes para a transformar numa estrela.
Com música de Andrew Lloyd Webber, letras de Charles Hart e Richard Stiloge e encenação de Harold Prince, o espetáculo estreou em Nova Iorque em 26 de janeiro de 1988, dois anos depois da estreia londrina no West End, e desde então [...] se encontra no Majestic Theatre.’’ (Fonte)

Antes disso, em 1929, já havia sido feita uma adaptação do romance para o Cinema, confira aqui.

Para concluir, deixo uma dica pra quem quer assistir à apresentação em Nova York. Vocês já devem ter ouvido falar no TKTS, uma loja de ingressos da Broadway que fica na Times Square. Lá vocês encontram ingressos mais baratos. Algumas peças são menos procuradas, principalmente quando estão há muito tempo em cartaz, como é o caso do Fantasma, e por isso sobram ingressos. A TKTS vende esses ingressos para o próprio dia ou dia seguinte, pela metade do preço. Mas atenção! A loja da Times Square tem uma fila enorme! É por esse motivo que eu recomendo a loja que fica no Pier 17, um lugar muito legal, que pouca gente conhece. A fila é bem menor e são vendidos os mesmos ingressos. Aproveite para dar uma voltinha no Pier, você não vai se arrepender!

Endereço: South Street Seaport Booth - Píer 17. Fica na esquina da Front Street com John Street. Veja mais informações aqui.

Por hoje é só pessoal, espero que tenham gostado do post, que as dicas tenham sido úteis. Curtam a página do Planeta Criativo. Até a próxima!

Imagem: The Phantom of the Opera, Majestic Theatre, Nova York
Fonte: NYC loves NYC


Imagem: Majestic Theatre, Nova York
Fonte: Do Autor