sábado, 7 de novembro de 2015

Roteiro de 23 dias na França + Genebra - Parte II

por Ana Paula Teixeira

Como já contei pra vocês, em julho deste ano de 2015, fiz um tour pela França, fiquei 4 dias em Londres e dei uma passadinha em Genebra, na Suiça. Se você ainda não leu a primeira parte do roteiro clique aqui.
No post anterior, falei um pouquinho sobre várias regiões por onde passei: a Alsácia, o Vale do Rhône, os Alpes Franceses e a Provença. Neste post, falarei sobre mais lugares que visitei e suas respectivas regiões. Em seguida, farei uma terceira postagem com dicas de deslocamento na França e muito mais.

Languedoc – Roussillon
Esta região faz fronteira à leste com a Provença e a oeste com os Pirineus. É uma área de grande importância desde a Roma Antiga, principalmente por conta de seus aquedutos romanos e as fortalezas cátaras. A mistura de culturas, festas e línguas fazem desta região um mini país dentro da França. No Baixo Languedoc (Bas-Languedoc), os destaques são: Montpelier, Nimes e Carcassonne. Ao norte, o Alto Languedoc (Haute-Languedoc) é uma área de colinas, cavernas, vales e desfiladeiros. A sudoeste fica Roussillon, que parece fazer parte da Catalunha mais do que da França.
As cidades escolhidas nessa região foram Nimes e Carcassonne. Nimes possui algumas das construções romanas mais bem preservadas da França, como as arenas de Nimes, que se assemelham muito ao Coliseu, em Roma, e o fenomenal anfiteatro romano. Essa cidade merece ser lembrada também pela sua contribuição à moda, pois o tecido conhecido como serge de Nimes, usado pelos agricultores de Languedoc, é o que hoje chamamos de jeans. Em Nimes, ficamos 2 noites.


Imagem: Arènes de Nimes
Fonte: Do Autor

Nimes fica muito perto de Pont du Gard, um aqueduto romano realmente impressionante. É possível ir até o local de ônibus, e foi o que fizemos. Em breve farei um post dedicado a esta atração, que é patrimônio mundial da UNESCO.


Imagem: Pont du Gard
Fonte: Do Autor

Carcassonne, por sua vez, é outra cidade que parece ter saído de um conto de fadas. A Cité de Carcassonne é uma cidade fortificada erguida no alto de uma colina rochosa, que data da era medieval. Os franceses souberam explorar muito bem essa atração, que é a mais famosa do Languedoc, atraindo 4 milhões de visitantes todo ano. No verão, a cidade fortificada fica completamente lotada de turistas, chega a ser irritante. Lá dentro da cité você encontra restaurantes, lojas de souvenires (algumas bem bregas por sinal), itens e vestimentas medievais pra comprar, o castelo, museus da Inquisição, shows, teatrinhos medievais e outras atividades para turistas. Um dia é suficiente para aproveitar bem o passeio por Carcassonne.


Imagem: Cité de Carcassonne
Fonte: Do Autor

Região de Toulouse
O destino principal nesta região é, obviamente, Toulouse. Lá você poderá disfrutar da Gastronomia tradicional e de bons vinhos. Com seus mercados, arquitetura avermelhada, cultura vibrante e vida universitária, a agitada Toulouse também não poderia ficar de fora do roteiro. Essa cidade é conhecida como ‘‘La Ville Rose’’ devido à rocha rosada usada na construção de muitos prédios. Ela é centro da indústria aeroespacial desde 1930 e sede do famoso time de Rúgbi “Stade Toulousain”. A Place du Capitole é uma das atrações mais famosas de Toulouse, você pode entrar no Capitólio (que é lindíssimo!!!), e não paga nada por isso. Ficamos duas noites em Toulouse. 


Imagem: Capitole de Toulouse
Fonte: Do Autor

Costa Atlântica
Esta é uma região muito tranquila, de estradas serpenteadas por colinas e vinhedos. Mas a Costa Atlântica tem, além da natureza, belas cidades e cultura. Bordeaux foi nossa escolhida, mas você pode visitar também Nantes, com seus vários museus, La Rochelle, que abriga um famoso aquário e tem uma bela localização portuária, e Cognac, mundialmente conhecida pela bebida destilada de mesmo nome. Os excepcionais vinhos da região são conhecidos no mundo inteiro e você não pode deixar de fazer um passeio de degustação.
Bordeaux é uma cidade muito bonita e interessante e é muito fácil se locomover por meio do transporte público. Na virada do milênio, o prefeito Alain Juppé acordou A Bela Adormecida (como é conhecida Bordeaux), transformando seus bulevares em calçadões e restaurando a arquitetura neoclássica. As transformações fizeram com que a cidade fosse incluída pela UNESCO na lista de Patrimônios da Humanidade. Chegando em Bordeaux, vá até o office de tourisme e reserve um passeio pelos vinhedos e chateaux de vinho, você não pode ir embora sem experimentar um original “Bordeaux”, também é possível comprar o passeio pela Internet, em breve faremos um post dedicado a essa cidade e os passeios. Ficamos duas noites em Bordeaux também.


Imagem: Centro de Bordeaux
Fonte: Do Autor

Imagem: Château de Blaie
Fonte: Do Autor

Vale du Loire
O Vale do Loire é mais um cenário majestoso do interior da França, também Patrimônio Mundial da UNESCO, outra parada obrigatória. Lá você vivencia a pompa aristocrática e o esplendor arquitetônico de grandes palácios. Além disso, os vinhos da região são os novos queridinhos dos entendedores de vinho.
Para conhecer os majestosos palácios e ainda degustar um ótimo vinho vintage, você pode ficar hospedado em Tours, que é onde ficamos, ou em outras cidades da região. Se preferir algo mais luxuoso e romântico, você também pode escolher um chateau que ofereça hospedagem. Entre os principais palácios abertos à visitação estão: Chambord, Cheverny, Chenonceau, Amboise, Villandry e Azay-le-Ridau. Infelizmente não é possível conhecer todos em um dia, então escolhemos um passeio saindo de Tours que ia até Chenonceau, Amboise e uma cava de vinhos. 
Tours é uma ótima base para explorar os castelos do Loire, mas não só isso. É uma cidade movimentada, com um centrinho antigo muito charmoso e uma universidade de 25 mil alunos. Passamos uma noite em Tours.

Imagem: Praça e estação de trem de Tours
Fonte: Do Autor

O Château de Chenonceau é um dos mais elegantes do Vale do Loire, recomendo muito a visita. O palácio, que começou a ser construído em 1515, é cercado por incríveis jardins e paisagens. No interior do palácio, você encontrará cômodos ainda mobiliados e decorados, com móveis, tapeçarias e azulejos no melhor estilo da nobreza do século XVIII.

Imagem: Château de Chenonceau
Fonte: Do Autor

O Château Royal d’Amboise, por sua vez, é famoso por ser o local de descanso eterno do gênio Leonardo da Vinci. Acredita-se que seu túmulo esteja na na Chapelle St. Huber. O castelo foi construído sobre uma escarpa rochosa acima da cidade.

Imagem: Château d'Amboise
Fonte: Do Autor

Imagem: Caves Duhard
Fonte: Do Autor

E assim concluímos a segunda parte do meu roteiro pela França. No próximo post (parte III), falarei sobre a região de Paris e Genebra, na Suiça, aguardem. Vêm aí muitas dicas imperdíveis sobre a França. Não percam!
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Até mais!

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