terça-feira, 21 de outubro de 2014

Jogos Vorazes: A Esperança

por Ana Paula Teixeira 

Acabo de terminar a leitura de Mockingyay (A Esperança), o final da trilogia de Suzanne Collins. O livro é sensacional, muito bom mesmo, me prendeu a atenção do começo ao fim, está recomendadíssimo. Mal posso esperar pela primeira parte do filme, que estreia em novembro nos cinemas. Prometo não revelar muito do livro para não estragar a surpresa de quem ainda não leu.

A história gira em torno da revolução em Panem, liderada pelo Distrito 13, que pretende acabar com a ditadura do Presidente Snow e da Capital. Em Jogos Vorazes e Em Chamas, pudemos ver a forma cruel como os distritos são controlados pela Capital e a maneira como acontecem os Jogos Vorazes. Adolescentes de todos os distritos são selecionados para participar dos brutais jogos, onde têm que lutar para sobreviver, tirando a vida dos demais. Katniss, tendo demonstrado, já no primeiro jogo em que participou, não respeitar as regras impostas pela capital, é escolhida como a cara da rebelião, um símbolo de experança, o Mockingjay (Tordo, em português).

Ao longo do livro há tragédias, acontecimentos inesperados, e bastante ação. Não espere uma estorinha agradável, pois não é o que você vai encontrar. Os personagens de Collins são complexos, multifacetados, têm profundidade emocional, comovem o leitor. Katniss é a personagem principal e quem narra a história, no presente, como se tudo estivesse acontecendo naquele exato momento, e tudo que ‘’vemos’’ é a partir do olhar dela. A narrativa é simples e oscila de acordo com o estado emocional da narradora. Não há bonzinhos ou malvados, os personagens são pessoas reais, humanas. O desfecho é surpreendente, há sim um belo romance, que não irei revelar, mas ele foge bastante dos padrões convencionais.  

O livro traz uma mensagem muito bonita sobre guerra e paz, sobre a raça humana, e nos faz pensar sobre o futuro, sobre o presente. Tanto nos filmes anteriores, como no livro, encontrei várias discussões filosóficas e críticas à sociedade em que vivemos. Apesar de ser uma ficção, uma história que se passa no futuro, vi muito da nossa realidade atual: a sociedade do espetáculo, dos excessos, a violência como entretenimento, o totalitarismo, a manipulação da mídia, e várias outras questões. Basta ter um olhar um pouco mais atento sobre a trilogia Jogos Vorazes para encontrar vários questionamentos. Suzanne Collins está de parabéns pela sua contribuição ao mundo da literatura, por propor essas reflexões e por gerar tantas emoções a partir de uma linguagem acessível, juvenil, mas que não deixa de ser muito rica.      

Imagem: Mockingjay, Suzanne Collins 
Fonte: Do Autor 

Veja aqui o trailer de A Esperança (Parte 1).

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Até logo!

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