domingo, 31 de maio de 2015

Série de TV britânica: A Young Doctor’s Notebook

Imagem: Daniel Radcliffe e Jon Hamm em ''A Young Doctor's Notebook''
Fonte: Sky

Hoje falarei sobre uma minissérie de da qual gostei muito, protagonizada por Daniel Radcliffe, ator que todos conhecem como o Harry Potter (este é apenas um dos trabalhos que ele fez após o final da saga), e Jon Hamm (o Don Draper de Mad Men). ‘‘A Young Doctor’s Notebook’’ (Diários de um Jovem Médico) é uma série de humor negro, cuja história é baseada em um livro de contos, de mesmo nome, do escritor russo Mikhail Bulgakov. 

A história se passa na Rússia, em 1917 e paralelamente em 1934, Jon Hamm vive um médico russo, em seus 40 anos, que relê um antigo diário de quando trabalhava em um hospital isolado geograficamente, um lugar extremamente frio na Rússia. Sua versão mais jovem, interpretada por Radcliffe, é um jovem médico recém-formado, que foi ótimo aluno na faculdade, mas não consegue aplicar seus conhecimentos na prática. Os pacientes, camponeses do vilarejo de Mryovo, chegam ao hospital com os mais diversos problemas de saúde e o jovem médico se vê diante de situações com as quais ele não tem ideia de como lidar. Há uma clara referência à visão idealizada dos romances russos clássicos, que mostravam os camponeses como puros, não contaminados pela civilização. A série os mostra, no entanto, como brutos e selvagens.  

As situações são cômicas e bizarras ao mesmo tempo, com muito sangue para todo lado. Os oito capítulos, divididos em duas temporadas, mostram como o médico Vladimir Bomgard torna-se viciado em morfina, as consequências do seu vício, e os constantes conflitos entre ele no presente e seu eu mais jovem. Nas cenas contracenadas pelos dois atores, fica difícil de saber quem está alucinando, se é o Vladimir de 1917 ou o de 1934. 

Achei que esta série foge um pouco do ‘mainstream’ das séries norte-americanas a que a maioria de nós está acostumada, gostei e recomendo! Além disso, é rapidinha de ver e os capítulos duram apenas 20 minutos (aproximadamente), ou seja, não há aquela enrolação costumeira das séries. 

Confira os trailers nos links abaixo:

Imagem: Cena de ''A Young Doctor's Notebook''
Fonte: Sky

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Referências: 

SANTANA, Fernanda. Primeiras Impressões : A Young Doctor\'s Notebook. 2012. Disponível em: http://www.seriemaniacos.tv/primeiras-impressoes-a-young-doctors-notebook/. Acesso em: 31/05/2015
KOGUT, Patricia. A young doctor’s notebook: Série com Jon Hamm, o Don Draper. . Disponível em: http://kogut.oglobo.globo.com/noticias-da-tv/critica/noticia/2013/11/young-doctors-notebook-serie-com-jon-hamm-o-don-draper.html. Acesso em: 31/05/2015
PORTAL CRÍTICO Crítica: A Young Doctor\'s Notebook. 2014. Disponível em: http://www.portalcritico.com/2014/10/critica-young-doctors-notebook-1-temporada.html. Acesso em: 31/05/2015

domingo, 17 de maio de 2015

Interpretando a Mona Lisa de Leonardo Da Vinci

por Marcinha Lopes

Imagem: ''Mona Lisa'', Lonardo Da Vinci
Fonte: Saber Cultural; Museu do Louvre


Há alguns anos estive em Paris, mais especificamente no famoso e imenso museu do Louvre, para finalmente conhecer a obra prima de um dos grandes nomes do Renascimento, Leonardo Da Vinci. No ano seguinte, iniciei um curso de História da Arte, no qual descobri vários detalhes e histórias sobre a Mona Lisa. Afinal, o que faz uma obra se imortalizar é exatamente a sua história. Neste ano, voltei a Paris e vi a Mona Lisa com um olhar mais apurado, afirmo com toda certeza que seria capaz de ficar horas e horas observando-a, pena que o metro quadrado ali é bem disputado, e tampouco é possível vê-la detalhadamente, já que as pessoas são mantidas a uma distância de mais ou menos dois metros da obra. 

Mas vamos por partes. Primeiramente, quem era Mona Lisa? Dizem que ela era uma bela mulher casada com o comerciante de seda Francesco del Diocondo. Outros afirmam que La Dioconda era Isabella de Aragão, uma duquesa de Milão. Há uma terceira teoria de que aquela face é, na realidade, da mãe de Leonardo. Por fim, há ainda outra teoria mais extremista, a qual defende que Leonardo era homossexual e que aquela imagem representa sua própria face. Um fato curioso é que ele, ao concluir sua obra, não aceitou entregá-la a ninguém que quisesse encomendá-la.

Para você que está se perguntando: O que faz essa obra ser tão especial? Em primeiro lugar, porque a pintura é perfeita em se tratando de proporções.  O corpo da Gioconda  está inclinado lateralmente, mas sua cabeça está em outra inclinação, nem lateral nem frontal. Além disso, podemos destacar seu olhar marcante e seu sorriso estagnado. A Mona Lisa que está no Louvre (sim, existe outra, na Fundação Mona Lisa, na Suiça, supostamente pintada antes da Gioconda do Louvre, também por Da Vinci) foi pintada em óleo sobre madeira, o quadro tem 75cm e suas laterais foram compactadas, deixando quase imperceptível a presença de colunas gregas nas laterais. O modo como Leonardo usa a luz é incrível e serve para destacar o que ele quer que seja destacado, respeitando a posição correta que a mesma deve ter sobre os objetos iluminados, como as mangas da roupa. Se observarmos atentamente, podemos perceber que o formato do rosto, a posição das mãos, que está sobre o braço de uma cadeira de madeira, juntamente com o jogo de luz, compõem os traços de uma pirâmide (Confira na foto abaixo).

A parte mais sensacional, da qual poucas pessoas sabem, é que existe um véu preto transparente sobre os cabelos de Mona Lisa. Ele foi tão bem feito com pinceladas, sem resquícios, que é praticamente imperceptível. A impressão de profundidade, quase como numa fotografia, revela montanhas e uma floresta em desnível. À medida que vamos nos distanciando do quadro, não conseguimos mais ver os detalhes da paisagem. Vale ressaltar que Da Vinci começou a pintá-la em 1503 e que as técnicas utilizadas por ele estavam à frente de sua época. Tal fato faz com que os traços do artista sejam muito característicos, podemos citar, por exemplo, a distinção entre Da Vinci e os artistas da época ,cujas pinturas apresentavam o fundo negro e o jogo de luzes focava somente naquilo que queriam destacar.



          Observações:
  1. É a coluna, existe outra do outro lado;
  2. Repare o jogo de luz nas mangas enrugadas da Monalisa, e como o jogo de luz é perfeito;
  3. Esta imagem está escura, mas se trata do descanso de uma cadeira de madeira em que as mãos da Monalisa estão apoiadas;
  4. O véu que está sobre os cabelos de Monalisa;
  5. O fundo, quando olhamos de longe, aparenta ter pinceladas sem detalhes, ao passo que, quando estamos perto, podemos ver perfeitamente estrada, pontes e o desnível da paisagem, dando a impressão de profundidade e distanciamento;
  6. O formato de pirâmide, em que a base é maior devido à posição dos braços e o topo é menor;
  7. O olhar e o sorriso estagnado, criando a ilusão de que ela está olhando para o observador.

Bibiografia reccomendada: 

MORAES, Érika de. Mona Lisa: sentidos múltiplos de um sorriso enigmático. Delta, São Paulo, v. 29, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-44502013000300005&script=sci_arttext>. Acesso em: 17 maio 2015.


Este artigo foi uma gentil contribuição de minha amiga Marcinha. A partir de agora, o Planeta Criativo está de portas abertas, se você tem algo interessante para compartilhar conosco, envie um arquivo doc. com seu texto para nossa caixa de mensagens na página do Facebook e entraremos em contato. Qualquer área das Artes e da Cultura é muito bem-vinda. Esperamos poder disseminar cada vez mais o conhecimento nesta área que é por vezes tão subestimada no Brasil, mas que é uma ótima fonte de desenvolvimento da nossa sociedade! Ajude esta causa também curtindo a página. 

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